Design Emocional: Desenvolvimento de Jogo para Crianças com Transtorno do Espectro Autista visa Melhorar Experiência de Uso

Prof. Drª. Daniela Gibertoni

Pesquisadora em RJI, junto a Grupo de Pesquisa e APAE de Taquaritinga-SP, busca criar uma aplicação inovadora para auxiliar crianças autistas.

27 de abril de 2023 9:11 pm Informação e Comunicação

A Profª e Pesquisadora em RJI Daniela Gibertoni, junto ao Grupo de Pesquisa em Engenharia de Software (GPES – FATEC Taquaritinga ) e em parceria com APAE de Taquaritinga-SP busca criar uma aplicação inovadora para auxiliar crianças autistas

O número de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem aumentado significativamente em todo o mundo, de acordo com estatísticas do Central of Disease Control. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de crianças com TEA. Diante dessa realidade, a necessidade de desenvolver aplicações específicas para esse público-alvo torna-se evidente.

Com o objetivo de melhorar a experiência de uso de crianças com TEA, pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Software (GPES) desenvolveram o jogo “VidAut – Vida do autista”. A pesquisa de Daniela Gibertoni, buscou explorar a contribuição do Design Emocional na elaboração de interfaces que promovam uma experiência positiva para essas crianças.

A primeira fase do projeto consistiu no levantamento bibliográfico sobre TEA, Design Emocional e acessibilidade. Em seguida, foram realizadas entrevistas com profissionais da Associação de Pais e Alunos Excepcionais (APAE) de Taquaritinga-SP, a fim de compreender suas percepções e necessidades no processo de ensino e convivência com crianças autistas. Também foram aplicados questionários aos responsáveis pelas crianças para obter um panorama mais completo do universo do TEA.

Com base nos dados coletados, foram criadas personas e elaborada a história do jogo. Em seguida, foram desenvolvidos protótipos de alta fidelidade e realizadas avaliações de usabilidade e comunicabilidade. Os testes foram conduzidos com oito crianças autistas que frequentam a APAE de Taquaritinga, em um total de vinte e cinco.

Os resultados dos testes de usabilidade revelaram algumas necessidades específicas das crianças com TEA. Por exemplo, a primeira tarefa de ajustar o volume do som praticamente não foi realizada por nenhuma criança, indicando que o volume do jogo não as incomodava. No entanto, foi observado que algumas crianças tinham dificuldades em iniciar o jogo, mostrando a necessidade de uma opção direta para o início do jogo, sem a obrigatoriedade de conhecer a história e os cenários. A realização das atividades no jogo teve uma média de cinco minutos, e a observação de algumas características comportamentais foi destacada.

Além dos impactos acadêmicos, como o conhecimento prático adquirido sobre o TEA e o Design Emocional, o projeto também teve impacto social significativo. Houve visibilidade na comunidade local, com a participação da pesquisadora em uma reunião na Prefeitura Municipal de Taquaritinga e a publicação de uma matéria no jornal O Defensor. O Centro Paula Souza também divulgou as atividades desenvolvidas pela pesquisadora e pelo GPES, aumentando a visibilidade do projeto.

No futuro, espera-se que o jogo “VidAut – Vida do autista” possa ser um recurso de apoio e desenvolvimento massivo, para crianças dentro do espectro.

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